23 de novembro de 2008

Boa Semana!!!


"Da Perfeição da Vida"

Por que prender a vida em conceitos e normas?
O Belo e o Feio...
O Bom e o Mau...
Dor e Prazer...
Tudo, afinal, são formas
E não degraus do Ser!
(Mário Quintana)

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Valide sua segundona e tenha uma excelente semana, faça sua promessa, inicie seu regime, começe a academia, faça aquele programa ideal, enfim... não importa quais e nem quantos são os seus desejos, viva-os simplesmente - dos mais banais aos mais secretos. Se permita viver e sonhar, mas um sonho infinito, azul, profundo, porque o sonho é como um entorpecente,
o mais sublime tóxico do mundo, a morfina ideal para o viver...

Viva a vida que tu tens, mas não esqueça que sua vida presente só fará sentido se existir uma vida maior que há no teu Ser! (...)

OTIMA SEMANA!!!


20 de novembro de 2008

Consciência

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Uma imagem vale mais que mil palavras...

18 de novembro de 2008

Desopilando...


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Que loucura! O que é que se faz mesmo quando trinca, quebra, devasta? Por dentro? É precipício, éco, sacudidela, uma nova lufada ruim todo o santo dia... Haja Deus! Sobrou pedra sobre pedra aí, neurônio, batimento, estrada, avesso? Sobrou vontade, coragem, um "benza, Pai!" e bola pra frente? Quer profissional ou pessoalmente, a vida anda trincando demais nossos dentes e sonhos, truncando realidades, embatumando amores e amados, azedando humores, limitando amigos, inibindo conhecidos, escanteando paz, enforcando-nos...

A palavra do dia é sobreviver. E assusta.
Se já é difícil absorver, que dirá sentir, sinonimizar...
Temos regado nossas sementes e energia com... lágrimas.
Mas força aí, tá? E fé também!

Já dizia Mdme de Sévignè: "o coração não tem rugas!"
Nem suspiro, senhora, quase nem esperança, tomara alguma consciência...

Somos feitos de carne e alma,
mas temos de viver como se fôssemos de ferro!
.
(Sigmund Freud)

Tadinhos dos médicos... cardí"ocos"!

Boa-terça, quarta, quinta, sexta e tal.
Que sua semana e finde transcorram em paz!

Bjs.

17 de novembro de 2008

A Síndrome da Segunda-feira!


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Análises sobre a Segundona

Segunda-Feira, segundo os maiores estudiosos em 'bar', é o pior dia da semana. Começa com uma enorme dor-de-cabeça e tremendo esporro do patrão. Outra opinião, formada por aqueles que 'coçam o saco', é que a segunda-feira se parece com qualquer outro dia da semana porque não fazem nada mesmo.. Já os otimistas dizem que a segunda-feira é o melhor dia da semana porque é o dia que está mais longe da próxima... segunda-feira. (rs)

Há quem defenda outras teses. As segundas-feiras foram feitas para que todos se lembrassem que, afinal de contas, existem a Sexta-Feira, o Sábado e o Domingo. Essa seria a razão porque a maioria dos bares não abrem às Segundas. Mais recentemente, de um sacolejo epistemológico da transdisciplinaridade, surgiu a interpretação temporo-espacial criada da "menáge a trois" entre a Biologia, a História e a Sociologia que desconstrói o calendário e afirma que a obrigatoriedade do trabalho nas segundas-Feiras tem sido uma medida anticoncepcional simples e eficiente. Porque não tem quem não broche na noite de Domingo sabendo o que vem no dia seguinte. (Fonte: Desciclopédia)

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ODEIO segunda-feira!

Quase todo mundo já disse a frase acima alguma vez na vida. Veja como encará-lo numa boa sem sofrer antecipadamente:

Domingo à noite, é só ouvir a música daquele fantástico programa de televisão e bate aquela deprê. Reunião com o chefe, entrega de um trabalho, início de dieta e das aulas na academia... Vêm à mente todas as obrigações e os planos que foram postergados ou programados para o primeiro dia útil da semana, a segunda-feira. Se institutos de pesquisa como Ibope e Datafolha realizassem um levantamento sobre o dia mais detestado da semana, a resposta de mais de 99,9% dos entrevistados seria óbvia: Odeio segunda... E sem margem de erro.

Exageros à parte, por que a segundona gera tanta aversão e ansiedade? Um dos motivos para tanto mau humor talvez esteja na mudança dos ponteiros do nosso relógio biológico, afirma a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR, uma entidade internacional dedicada ao estudo do estresse. Os horários geralmente são menos rígidos no sábado e no domingo, explica a especialista, que foi jurada do 2° Prêmio SAÚDE!. Não é à toa que a gente quebra a rotina nessas 48 horas: dorme mais do que de costume, come fora de hora ou mais tarde que o habitual sem falar nos goles a mais nas mesas dos bares.

Daí, chega a segunda-feira e o organismo tem de, numa curta fração de tempo, reajustar seus ponteiros para voltar à labuta cotidiana. É esse processo de readaptação, segundo Ana Maria, que está por trás do cansaço e da preguiça que pintam logo de manhãzinha.
(Fábio de Oliveira)

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Segundona e a saúde:

Em conversa com um conceituado e conhecido cardiologista (???) , ele me esclareceu que a aversão que a grande maioria da população sente por acordar na segunda-feira, deve-se a ansiedade pela volta ao trabalho e à rotina pesada após período de folga e que isso pode desencadear fatores de risco como hipertensão, favorecendo o surgimento dos distúrbios cardíacos. A pessoa passa o fim de semana "relaxado", divertindo-se e longe das preocupações. Quando o corpo começa a acelerar o metabolismo para o trabalho, os problemas acontecem. A mistura dos exageros cometidos na folga e na preparação do corpo para a volta à rotina apontou o coração como principal vítima da síndrome da segunda-feira. Estes dados vem de um estudo do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto, em São Paulo, que constatou a prevalência de 19,3% dos casos nesse dia. Este comportamento e os dados registrados são semelhantes em todas as regiões do país.

Mas o fato é que, concretamente, a segunda-feira existe em nosso calendário e como ela se descortina no grande espétáculo de nossas vidas depende de cada um de nós, pois as coisas são realmente como determinamos que elas sejam, segundo nosso potencial psicológico, de força, de fé, de entendimento e de equilíbrio.

A minha segunda-feira, começou sonolenta e sorridente... sinto-me agora, em meio ao 2º ato de um espetáculo que tem duração de 24 horas. A próxima cena? Não importa... se de riso, de problema, se triste ou encorajodora, de ganho ou de perda. O que importa, é que eu tenha o discernimento nescessário para entendê-la e vivê-la, porém, para que isso ocorra, peço e conto em todos os momentos com a ajuda sempre precisa do "Homem lá de cima", que tudo sabe e que atentamente, tudo observa.

Quanto a vocês... desejo que tenham acordado lindamente e que a sua segundona seja de muito brilho, de sol, de risos, de aconchegos e que se preciso, também façam dela um Poeminha do Contra, como o fez em seus escritos o grande Mário Quintana:

"Todos esses que aí estão atravancando meu caminho"...

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ÓTIMA SEGUNDA-FEIRA!!!

14 de novembro de 2008

Bom fim de semana


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Hoje é sexta!!!
Ouço um sorriso dizer:
Hoje é sexta-feira!!!

A sexta-feira é santa
É doce como o mel porque a todos encanta.

Passa a menina feliz
E diz sorridente: Hoje é sexta-feira!
Que belo dia para combinar a brincadeira.

O poeta sente no ar a alegria
De quem passa, vive.
Porque hoje é sexta-feira!

O sorriso tem outra graça.
É sexta! É sexta! É sexta!

Abençoados sejam os humildes
Porque hoje é sexta-feira!

Viva o povo brasileiro!
Porque hoje é sexta-feira
E toda semana é santa...

Saiamos para a noite brasileira
Vamos molhar a garganta,
porque... hoje é sexta-feira!!!

(A.D.)




Salve sexta-feira! Um dia maravilhoso, que chega trazendo um monte de expectativas e junto, um final de semana soltinho, todo livre para você criar, para você viver, pra você...

SALVE A SEXTA-FEIRA PARA TODOS/AS NÓS!
O sábado e domingo também. (rsrs)

11 de novembro de 2008

Boa Semana!

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"Viva as válvulas de escape, que lamentavelmente não gozam de boa reputacão. Não sei quem inventou que é preciso ser a gente mesmo o tempo todo, que não se pode diversificar. Se fosse assim, não existiria o teatro, o cinema, a música, a escultura, a pintura, a poesia, tudo o que possibilita novas formas de expressão além do script que a sociedade nos intima a seguir: nascer-estudar-casar-ter filhos-trabalhar-e-morrer."

(Martha Medeiros)

9 de novembro de 2008

Cacos de um Mosaico

“Eu vi um menino correndo, eu vi o tempo,

brincando ao redor do caminho daquele menino...
... O tempo não pára e no entanto ele nunca envelhece”

(Caetano Veloso)


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Certa feita li, não me lembro onde e nem por quem foi citado, que “a felicidade é como o vento: sopra onde quer, não se sabe de onde vem nem para onde vai"... Acordar pensando nisto, mesmo que alheio a nossa vontade é no mínimo sintomático. A sensação parecia a mesma de quem estava em um verdadeiro turbilhão, vivendo sua metamorfose.. Balancei a cabeça com acentuada velocidade, por várias vezes, e pensei: trocaram meu software!

A propósito, você sabe o que é software? É uma palavra inglesa que indica o programa, a lógica com que o computador trabalha; e este “meu”, de carne osso e sujeito à intervenções do meio, costuma ser movido por um software que só conhece a lógica da soma. Somo o tempo todo, não jogo nada fora, costumo não me esquecer de nada: somo vivências, experiências, os amigos, os anos, e levo tudo pra minha caixa de ferramentas, afinal, a memória é um jeito prático de somar. São duas razões que me levam a ajuntar: o Amor, guardo porque amo; e a Busca constante, porque me faz sentir viva e traz satisfação. Porém, quando só o sentimento aflora no primeiro minuto do dia me vem a sensação de que o software foi trocado de soma por subtração, ou então, quem sabe, foi infectado por algum poderoso vírus, que acionado, deixa a sensação de vazio.

Volto-me então, ao “computador máquina”, tentando expressar através da linguagem escrita um pouco dessa sensação.. Sentia-me um pouco triste, talvez saudosa, típica sensação que perdura, nada mais nada menos do que o tempo de questioná-la e entende-la.. mas aí me vem à mente uma citação de Guimarães Rosa: “felicidade só em raros momentos de distração”. Será? Não creio não, e me reservo o direito, com respeito, de discordar deste grande escritor e romancista, porque de acordo com a minha verdade.. "a felicidade depende em muito de nós mesmos", de como entendemos nossos momentos, de como trabalhamos nossos sentimentos, de como validamos as pessoas que nos rodeiam e os fatos que nos marcam.
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Existem pessoas que fazem opção por uma vida de lamentações e sofrimentos, que se esquecem de viver as coisas mais simples e gostosas, perdendo assim os bons momentos e não usufruindo naturalmente das companhias que vão cruzando seu caminho. Ao sentirmos, por vezes, a presença de algum vírus em “nossas máquinas” (seja a da razão ou emoção), faz parte da vida detectar tais interferências com um misto de saudade e de lembrança porque só pode valer-se deste sentimento aquele que já o viveu e tem histórias para contar. Sentir saudades ou ter lembranças, não é algo negativo, muito pelo contrário, porque nos faz mais humanos, nos faz pontualizar quem somos e quem são as pessoas que vivem à nossa volta.

Pensei um pouco... refleti sobre tudo o que me inquietava e imaginando mudar o “programa” percebi que “pobre” seria apertar a tecla “delete” sem entender o que acontece. Então, fui fuçar no fundo de minha caixa de recordações porque todo sentimento é a soma do resultado de nossas ações. Porém, maturá-los, somente se torna possível, aceitando-os e vivendo-os como eles se apresentam: plantio, cultivo e este florescer. Sentir saudades, embalar lembranças, ficar triste pela ausência de pessoas queridas faz parte da vida. Ruim mesmo seria nada sentir, nada ter a recordar, nada ter construído porque nenhum sentimento é mais importante do que a alegria e satisfação de estar vivo, 'permitir cortar-se e voltar sempre inteira', teclar o "play", executar programas diferentes e de acordo com o anseio dos anos: eis a maior prova de que vale à pena sentir e viver o pulsar da vida.

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Como diz o inigualável Rubem Alves em uma de suas obras: “a alegria de ver a conquista do jardim plantado é indescritível. A espera foi grande porque jardins precisam de terra para existir, e terra eu não tinha. De meu mesmo, só tinha o sonho; e sei que é nos sonhos que os jardins existem bem antes de existirem do lado de fora. Um jardim é um sonho que virou realidade, revelação de nossa verdade interior escondida, nossa alma nua se oferecendo ao deleite dos outros, sem vergonha alguma... Mas os sonhos, sendo coisas belas, são coisas fracas porque sozinhos eles nada podem fazer: pássaros sem asas... Sim, são como as canções que nada são até que alguém as cante; como sementes dentro de pacotinhos à espera de alguém que as liberte e as plante na terra. Os sonhos viviam dentro de mim, eram posse minha, mas a terra não me pertencia.. Precisei conquistá-la e cultivá-la, para florescer”.

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Conquistar e cultivar requer, acima de tudo, muito trabalho. E o sofrimento bem como o sentimento de vazio surgidos muitas vezes durante o percurso são fatores integrantes da espera pela colheita. A vida está para nós como cacos de um grande mosaico à espera de cada artista que existe em nosso interior: quem faz a leitura correta de seu caminho, junta estes cacos sempre que necessário, segundo exige seu coração. Os mosaicos podem ser bonitos ou feios, mas dependem do coração do artista. Como disse JESUS: “O homem bom tira coisas boas do seu bom tesouro; o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro”. Coração mau faz mosaico feio; coração bom, faz mosaico bonito. Simples? E assim é a vida...

Outra semana se inicia, tarefas novas me aguardam; se a sensação de mudança no meu software persistir, com certeza será por outros tantos motivos, por outras novidades que se apresentarão, e assim eu vou.. plantando meu jardim...

E você, como sentiu sua máquina hoje? O software teve interferências de vírus? Seu jardim já foi plantado? Seu mosaico está colorido? Lembrem-se: "Quando o coração arde sem um ferimento é porque o corpo sangra sem uma gota de sangue".

Boa semana a todos (as)!

6 de novembro de 2008

"Sopa" de saudades...

A obra mais famosa de Quino é a tira cômica Mafalda, publicada entre os anos 1964 e 1973. Editada em tiras nos jornais, Mafalda adorava os Beatles bem como os desenhos do Picapau, questionava todos os problemas políticos, de gênero, e até científicos que afligiam sua alma infantil e, ao mesmo tempo, refletia o conflito que as pessoas da época enfrentavam, sobretudo com a progressiva mudança dos costumes e a já incipiente introdução da tecnologia no cotidiano.

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Apesar de ter sido interrompida ainda no começo dos anos 1970, Mafalda possui uma legião de fãs, e o trabalho de Quino ainda tem o merecido reconhecimento internacional, como um dos maiores cartunistas do mundo.

Um bom exemplo é a tira onde Mafalda ouve no rádio:
"O Papa fez um apelo pela paz!"

E, com sua ingenuidade infantil, responde ao aparelho:
"E deu ocupado como sempre, não é?"


O caráter universal das tiras de Quino faz com que, no mundo inteiro, as crianças que sobrevivem em cada um de nós se identifiquem com a personagem na oposição às injustiças dos homens, no inconformismo com o absurdo das ditaduras e na perplexidade diante do irracional cotidiano. (Wikipédia)


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"No será acaso que ésta vida moderna
está teniendo más de moderna que de vida?"
(Mafaldita)

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Se você também sentiu saudades,
visite o CLUBE DA MAFALDA

Ou adquira seu livro completo e imperdível:
"TODA MAFALDA - da primeira a última tira"
(prefácio de Umberto Eco e entrevista com Quino)
420 pgs - Ed. Martins Fontes

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2 de novembro de 2008

"Paradoxo Humano"

"A vida só pode ser compreendida, olhando-se para trás;
mas só pode ser vivida, olhando-se para frente."

(S. Kierkergaard)


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Uma trajetória de vida esbarra em uma infinidade de fatores, circunstâncias e acontecimentos que atingem as pessoas de forma muito peculiar. Cada ser é único, com características próprias e veio para esta existência com muito por fazer, por lutar, muito à alicerçar e suportar em brigas diárias e sobreviventes ainda que esquecendo-se de sentir e sorrir ao mesmo tempo. Não, não é fácil...

Vivemos num mundo tão denso, com que objetivo? Lutamos por conseguir o pão, abrigo e poder; e, depois de tudo, em que ficam todos os nossos esforços? Alimentamos o corpo, somamos bens para a satisfação da matéria e como saciamos os desejos da alma diante de tudo que trava e flagela o mundo, todo o santo dia? Onde ficam os sentimentos? Viver por viver, trabalhar para viver e depois morrer, é por acaso algo maravilhoso? Em verdade, é tudo muito triste, muito pobre, muito pouco para a satisfação de um coração, de uma alma.. e se faz necessário que cada ser possa esforçar-se ao máximo para compreender o verdadeiro sentido de sua existência, o sentido do sentir, do viver-se.

E com o "outro" então? Muitas vezes encontramos uma amizade, um amor, um companheiro(a) e deixamos a relação cair na rotina, banalizar-se por não lhe darmos o devido valor. Vivemos e passamos a existência insatisfeitos, acomodados, reclamando, procurando desculpas para nossa insatisfação, ora querendo recuperar tudo o que um dia fomos, ora querendo leoamente vir a ser, ora nem..

Encontrar a nossa verdadeira essência, reencontrar o sabor de sonhos que apodrecem abandonados, inúteis e perdidos pelo caminho, requer nova busca. E aí esbarramos no que podemos chamar de rejeição à mudança, ao novo: seria o medo, a insegurança, o comodismo, a falta disso, o excesso daquilo? Somos, ironicamente, verdadeiros enigmas para nós mesmos; enigmas difíceis de decifrar, verdadeiros paradoxos humanos.. Queremos mudanças mas temos "medo" delas! Hesitamos, mesmo quando mudar é necessário. Tendemos a justificar o hábito com as carências e as necessidades da vida quanto mais nos adaptarmos aos "tempos": tempo díficil, tempo violento, insegurança, tempo sem tempo, a falta disso, o excesso daquilo.. de novo. Vivemos uma ausência total de coragem, de fé em si e na vida, embora nos sobre fé em Deus mesmo diante da "infelicidade" do emprego, desemprego, apego, desapego, relacionamentos que sim ou que não, reveses, estresses, enfim. Vivemos nossos dias reclamando e pedindo a Deus que algo de especial aconteça; no entanto, quando as mudanças começam a despontar, nos encolhemos, e muitas vezes, nos afastamos por medo. Há um ditado que diz: "Cuidado com o que pedes...". Em contrapartida, eu citaria outro bem popular, que ensina: “Quem não arrisca, não petisca”. A única certeza após este questionamento é que para muitas pessoas viver lamentando-se é a forma ideal encontrada; afinal, é mais fácil lamentar do que ir em busca dos próprios anseios com atitudes firmes e certeiras. Refúgios mil são encontrados mascarando a falta de força interior e luta exterior dos desejos, a realização e satisfação que merecemos.

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Refletindo sobre tudo isso e sobre meus próprios pensamentos, acredito que ainda não tenha vida suficiente para fazer um balanço sério, mas já me sinto à vontade comigo mesma para fazer alguns parciais e é desta forma que me vejo: como uma pessoa que carrega alma e coração de marinheiro, que se instiga pelo novo, pelo diferente a cada dia, sem medo de mudanças, de deixar um rasto de saudade em cada novo lugar que pisar, de recomeçar sempre, com respeito, de conviver bem também com os que agem e pensam diferente. Buscar o novo sim, começar de novo, nunca me assustou e me impulsiona a viver.. Eu penso que em qualquer mudança, seja ela qual for, o importante é nunca perdermos de vista o que somos como seres humano, valermos pelo caráter, pela personalidade, pela forma de entendermos as oportunidades como um aprendizado constante.


Em dia de decisão mundial de F1,
nada melhor que a mensagem deste super campeão


Mudar de casa, de lugar, sacudir a velha poeira, constituir novas amizades, novo lar, novo trabalho, é coisa que assusta a muitos de nós, mas vejo o recomeçar como o motor que impulsiona o caminhar. Saber que já vivemos outras tantas situações e com tantas outras pessoas, nos compõe. Reconhecer que nada foi em vão, que tudo valeu à pena, mesmo nos momentos de contrariedade, é o mais bonito da vida . Não importa quantas e que tipo serão as mudanças em busca de nosso bem-estar, o importante é que sempre deixemos pelos caminhos trilhados o melhor de nós mesmos, que possamos sentir e deixar saudades do tempo vivido, das pessoas que conosco compartilharam seus dias, de nos orgulharmos conscientes de quem fomos, na mais pura essência, em qualquer situação vivida. Saber que sempre ao voltarmos, teremos braços abertos a nossa espera, pois o carinho verdadeiro foi a base de nossa socialização e convivência. Sim, vale à pena começar de novo, viver a vida, sentir seu pulsar, sem medo de ser feliz, porque mudanças fazem parte do processo de estar vivo, porque toda mudança traz em si o gérmen da criação, de energia fluindo a vida. O que não muda está estagnado, sem vida ou pulsação, morto.

E você, pensa e anseia mudar? Quer recomeçar também? O que te detém, o que receia? Obstáculos não nos foram dados para que os superemos? "Eu já estou com pé nessa estrada"...

 
©2007 '' Por Elke di Barros