31 de agosto de 2008

Sensibilidade demais

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Na hora de listar as qualidades que a gente quer encontrar nas pessoas com quem iremos nos relacionar vida afora... está lá... a indefectível "sensibilidade". A gente quer que o patrão seja sensível e não um grosso. A gente quer que nossa amiga seja sensível e não um trator. A gente quer - e como quer! - que nosso namorado seja sensível e não um machista brucutu.

Encontrar sensibilidade nos outros é meio-caminho andado para o entendimento. E sermos, nós mesmos, sensíveis, também é um filtro bem-vindo, é a sensibilidade que permite nossa comoção diante de um quadro, de uma música, de um amor que nos arrebata ou de uma perda irreversível. Mas admito que sinto uma certa inveja daquelas pessoas que são sensíveis mas não se tornam vítimas da própria emoção. Porque sensibilidade demais esgota a gente.

Tem horas em que o filtro não filtra coisa nenhuma: permite que a gente seja atingido profundamente por coisas que mereceriam menos entrega. Cultivamos mágoas por coisas que nos aconteceram 15 anos atrás, remoemos culpas que já foram mais que perdoadas e esquecidas, temos nosso sistema nervoso totalmente abalado porque alguém compreendeu mal nossas palavras, sofremos por questões insolúveis, sofremos, sofremos, e sofrer dá uma senhora consistência à nossa vida, mas como cansa.

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Às vezes me farto dos ideais que persigo e que, por serem ideais, nunca se concretizarão plenamente. A vida é defeituosa, imprevisível, nada é exatamente como a gente gostaria que fosse - e sensibilidade é algo que faz a gente aceitar isso e ser feliz do mesmo jeito. Já sensibilidade demais dá nos nervos e fatiga à toa. Uma certa frieza nos faz andar mais rápido, não nos retém.

Como se mede, se pesa, se percebe a sensibilidade suficiente e a sensibilidade excessiva? No quanto ela joga a nosso favor ou contra. Sensibilidade suficiente refina você, lhe dá um foco na vida. Já a sensibilidade excessiva faz de você protagonista de um dramalhão mexicano. Temos escolha? Não se escolhe, é o que se é. Os que são sensíveis na medida aproveitam a vida sem duras cobranças internas. Já a turma dos excessivos pega canetas, câmeras, pincéis, sapatilhas, instrumentos, e transforma o excesso em arte. Ou faz besteiras. Cada um encontra onde colocar sua sensibilidade, uns com leveza, outros com fartão de si mesmos. Os únicos que seguem não entendendo nada são os insensíveis. (Martha Medeiros)


23 de agosto de 2008

Valeu Brasil !!!

"O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre."
(Stº Agostinho)


!!! V A L E U B R A S I L !!!

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21 de agosto de 2008

"Traduzir-se"

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TRADUZIR-SE
(Ferreira Gular)

Uma parte de mim é todo mundo;
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim é multidão;
outra parte estranheza e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera;
outra parte delira.

Uma parte de mim almoça e janta;
outra parte se espanta.

Uma parte de mim
é permanente;
outra parte se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte linguagem.

Traduzir uma parte na outra parte
- que é uma questão de vida ou morte -
será arte?



11 de agosto de 2008

"Reinventando o Futuro"

"Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se eterniza, e nenhuma força jamais o resgata."

(Carlos Drummond de Andrade)

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"Ninguém fica velho meramente por viver um número de anos. Ficamos velhos por abandonarmos nossos ideais."

(Samuel Ullman)

Falar do TEMPO é algo instigante e meus pensamentos estão voltados para esta questão, talvez porque me dei conta que exatamente metade, ou seja 50% de minha caminhada nesta existência pertence ao passado e o outro 50%, ou a outra metade, está em branco e será escrito ou desenhado pelo que chamamos de futuro, não computando aí nenhum bônus extra. Como me dei conta disso? Simples... Você sabia que segundo as últimas pesquisas realizadas pelo censo, a perspectiva média de vida de um brasileiro é de 73 anos? Pois é, isto é real e diante do fato constatado só nos resta fazer nossas contas, avaliar ou reavaliar nossos passos. Pela vida acostumei-me a ouvir e ler a célebre frase: “ O Tempo é o Senhor da razão”, mas exatamente que razão é esta que o autor da frase se reporta? Difícil de decifrar, pois em se tratando de TEMPO, tudo é possível e subjetivo demais e a razão no caso, são seus próprios atos, onde a lei de AÇÃO E REAÇÃO é fator chave em nossa jornada.

Quanto mais diferentes se sucedem os acontecimentos em nossas vidas, mais rapidamente passam os nossos dias. Por outro lado, quanto mais monótonas as nossas ocupações, tanto mais longos eles se tornam , ou seja, o TEMPO, ou o uso que se faz dele é que determina a sensação de sua duração, pois horas, minutos, segundos, não mudam, o tempo do relógio é o mesmo, mas como você o utiliza é que faz toda a diferença... e aí não importa se você já chegou a 50% ou mais de sua trajetória.

Quando em camaradagem com o tempo, olhando-o como ele é, respeitando as suas obras, com o passado, com as mudanças e com a história, vive-se bem a vida. O tempo em relação aos seres humanos é implacável externamente e freqüentemente destrutivo - como o são os escultores quando trabalham um bloco de pedra para concretizar a sua obra, mas ao mesmo tempo é uma "escola", com grandes ensinamentos e lições a serem interpretadas. Velhos rostos podem ser mais expressivos que rostos jovens, velhas paredes e esculturas mais ricas que as novas. È justamente esta ambigüidade que faz valer a pena. Perde-se em um aspecto, ganha-se em outro, tão e mais interessante.

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Li uma afirmação feita pelo inesquecível Bob Dylan, no ano de 1963, que dizia poeticamente duas coisas na mesma frase sobre o tempo: “QUE OS TEMPOS ESTAVAM MUDANDO E QUE A MUDANÇA É DA NATUREZA DOS TEMPOS”. Não só os tempos estão mudando, como o momento histórico que estamos vivendo, denominado de "pós-modernidade", que pode ser entendido como uma “crise dos Tempos”, que está desencadeando uma mudança de paradigmas em todos os níveis de compreensão do ser humano. O mundo moderno, de certeza e ordem, tem sido substituído por uma cultura de incertezas e indeterminação e o TEMPO, permanece sentado, tranquilamente, como um velho sábio que repousa em sua rede, onde tudo acompanha e a tudo observa.

Ter o desafio de administrar o tempo em meio a um turbilhão de mudanças na sociedade - sejam elas de valores ou de costumes, onde fomos submetidos a um grande “porre” tecnológico, uma certeza me cala fundo: a de que não podemos passar o nosso tempo reproduzindo o discurso dos conformistas:“os tempos são cruéis”, ou dos saudosistas: “No meu tempo que era bom”, ou então dos adeptos do famoso “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” , que se limitam a serem incoerentes e apenas e tão somente pregar a necessidade justa de um mundo mais espiritualizado”. É importante que vivamos nosso tempo, seja ele em que porcentagem for, de acordo com as exigências que as mudanças nos impõem, fugindo do imediatismo, que nossas ações tenham sentido e significado, mas que nunca percamos a própria essência, agradecendo a cada dia a oportunidade de estarmos vivo e podermos conviver, permitindo-nos aprender a aprender... sempre.

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Quando afirmo valorizar o tempo futuro, não quero aqui afirmar que devemos esquecer o já vivido, pois quem já não teve alguém que lhe desse segurança para arriscar os primeiros passos? Alguém que lhe ensinasse a importância das vogais para se formar uma palavra? O primeiro namorado(a)? A primeira paixão? O primeiro beijo? O primeiro emprego? Quem já não sofreu uma desilusão? Quem não cometeu erros, ou foi magoado por alguém? Quem já não discutiu com a família por algum problema? Quem já não assistiu ao filme que gosta comendo pipoca? Quem já não perdeu alguém querido? Quem nunca saboreou um copo de coca-cola gelada em pleno verão ou tomou um sorvete gostoso na sorveteria da esquina? Quem nunca andou de bicicleta ou chupou uma laranja gostosa sentado rindo com amigos? Quem nunca ficou de castigo porque fez algo errado? Quem nunca se lambuzou todo comendo maça do amor? Quem nunca vibrou com seu time do coração ao ser campeão? Quem nunca sentiu a alegria de ver nascer alguém próximo a você? Quem nunca comeu uma pizza bem recheada ou tomou uma cervejinha gelada? E aquele vinho gostoso? Quem já não teve alguém da família com alguma doença grave? Quem nunca ficou ou teve um amigo desempregado? Quem nunca curtiu o Brasil ganhar da Argentina em plena Copa do Mundo? E a alegria do primeiro salário? Quem já não foi traído por alguém? Quem nunca dançou em algum baile, ou balada a noite inteira e chegou em casa só quando o sol nasceu? Quem nunca saboreou banana com leite condensado? E aquela barra de chocolate enorme? Aquela música gostosa de fazer o corpo mover-se ao simples som da melodia? Quem já não quis comprar algo, mas a “grana” não permitia? Quem nunca sentou em final de tarde para bater papo com um amigo? Quem já não chorou? Quem já não sofreu? Quem já não sorriu? Isso tudo e muito mais é vida, é tempo vivido, é o pulsar das veias, é viver e sábio aquele que aprendeu a valorizar cada coisa, em cada momento, por mais simples que pareça e tirar sejam dos erros ou dos acertos, com flexibilidade, a maneira de viver a modernidade, na chamada “era do conhecimento”, sem restrições e sem medo.

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Ao “viajar” por algumas destas lembranças veio-me em mente o imortal Chaplin, que em seus momentos de rara sabedoria afirmou: “ Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso”. Partindo deste pressuposto, podemos afirmar que nada é inútil ou sem sentido, para toda situação ou para toda pessoa que cruzarmos pelo caminho, sempre teremos algo a “carregar”, ou acrescentar. Encontramos pessoas que nos encantam, outras que nos decepcionam, tem relacionamentos que nos deixam alegria, amor, carinho, companheirismo, mas também tem aqueles que nos provocam reações contrárias, o certo porém, é que com qualquer pessoa ou em qualquer situação aprendemos sempre, até mesmo com os erros. A vida, está para nós como um tabuleiro de xadrez, mover a peça correta, dar o xeque – mate, viver em plenitude é uma opção que cabe a cada um. O certo é que devemos buscar o jogo, sem medo de errar, pois só erra quem joga ou quem faz.

Esta aberto o desafio para os meus supostos 50%, vou conseguir? Quem sabe? Mas uma coisa é certa, escrever sobre o assunto e poder ter o espaço para postar está sendo algo extremamente prazeroso e posso afirmar: VALEU A PENA! E você, o que fez hoje das 24 horas de seu tempo?

10 de agosto de 2008

FELIZ DIA DOS PAIS!

"Não me cabe conceber nenhuma necessidade tão importante durante a infância de uma pessoa que a necessidade de sentir-se protegido por um pai."
(Sigmund Freud)


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PAI
A tua presença constante
o olhar às vezes distante
me fazem te admirar

PAI
O teu abraço apertado
mãos firmes e sempre ao meu lado
me dão forças pra caminhar

PAI
O teu sorriso ilumina
a tua voz me fascina
me acalma nas horas de dor

PAI
Amigo, herói, companheiro
sincero, leal, verdadeiro
o meu exemplo de amor

PAI
Hoje eu quero te agradecer
ter me dado o dom de viver
de ser forte, crescer e lutar

PAI
Quero dar-te um abraço bem forte
e sorrir bem feliz pela sorte:
ser teu filho e poder te abraçar

(A.D)

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"PAI... você faz parte deste caminho..." (F.J)

Hoje serei lacônica, pois talvez o espaço seja insuficiente para expressar com palavras meus sentimentos em relação a data: DIA DOS PAIS. Não irei falar sobre o conceito da nova paternidade, que exclui comportamentos padronizados, nem a importância de sua figura em cada família, irei apenas evidenciar a data, que não deveria resumir-se simplesmente ao segundo domingo de agosto e sim a todos os 365 dias de cada ano. Inevitável é o apelo que o dia representa, ficamos sensíveis e reflexivos e quanto mais eu penso, mais eu sinto vontade em homenagear antes e acima de tudo, como uma de suas filhas, o nosso pai maior – JESUS CRISTO, dizendo a ele MUITO OBRIGADA pela oportunidade da vida, por não abandonar-me, por proteger-me em todos os momentos como um verdadeiro pai o faz, vem-me ainda a necessidade em expressar-lhe o meu agradecimento maior, por ter dado-me nesta existência a companhia, deste HOMEM que em sua missão como MEU PAI, foi um grande jardineiro, plantando raízes de virtudes com mãos fortes quando necessário e delicadas ao mesmo tempo, com amor e sabedoria, dando exemplos, para que nosso lar se tornasse uma sementeira de luz e de verdade. MEU PAI, você me escolheu filha, me ensinou o respeito, me deu carinho e amor, eu te fiz exemplo e neste seu dia, quero ratificar a você o meu sentimento mais verdadeiro, agradecer-lhe por tudo e abraçá-lo com muito carinho! (Silvana)

PS.: Idem, idem, ideeeem! (Leila)

4 de agosto de 2008

BRASIL - BRASIS

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"Sei que a alma deste povo (brasileiro), bem como de toda a América Latina, conserva valores radicalmente cristãos que jamais serão cancelados"
(Papa Bento XVI)


O Maior Problema do Mundo é o Egoísmo e a falta de Solidariedade? Esta pergunta foi formulada e respondida afirmativamente em uma entrevista ao conhecido jornalista Ricardo Kotscho, durante o lançamento de seu livro - "Do Golpe ao Planalto", que acabo de ler. Ele fala de seus 40 anos de trabalho, mostra-se um tanto desiludido e afirma ter refletido muito sobre o Brasil, o mundo e sobretudo, a profissão de jornalista, para a qual tem críticas extremamente valiosas e construtivas. Fala de sua luta por um mundo mais humano, em paz e menos egoísta. Numa síntese rápida de seu pensamento, ele diz que há um distanciamento entre o Brasil noticiado e o Brasil real, onde temos Brasília demais (deslumbramento pelo poder) e Brasil de menos.

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Coincidência ou não, minha leitura veio concluir-se antagonicamente em um final de semana onde a maior emissora de TV aberta no Brasil – Rede Globo de Televisão, pautou sua grade de programação em cima do “Projeto Criança Esperança” que a vinte e três anos, em conjunto com a UNESCO, já arrecadou mais de 191 milhões de reais em doações feitas pela população, integralmente investidos no Brasil em mais de 5 mil projetos sociais.

Diante de informações e questionamentos, que vieram de encontro a pergunta formulada no livro, me “bateu” a vontade de escrever sobre o Brasil, mas em uma direção oposta a leitura concluída e de forma resumida, fazer uso do “coração” procurando expor um sentimento de orgulho por ter nascido e estar vivendo neste solo, podendo dizer que sou brasileira e não desisto nunca enquanto enalteço um pouco os “vários Brasis” existentes dentro destes 8.511.865 Km² de área. Não pretendo com isso, negar quaisquer problemas existentes, nem tão pouco evidenciar somente o lado bom, mas devemos considerar que o Brasil não é um país pobre.. pobreza se encontra na África. O Brasil é um país injusto e desigual, o que é muito diferente. A desigualdade brasileira é estrutural e ela não será mudada enquanto o brasileiro não se incomodar realmente com a situação. O problema talvez esteja na passividade com que se aceita a desigualdade, e é necessário um esforço subjetivo, do imaginário popular, da cultura, para criarmos essa idéia de que a desigualdade Social é inaceitável. A desigualdade está para nós como a Geni, do Chico Buarque: “De dia os ricos falam mal dela, ofendem, cospem, etc., de noite dormem com ela.”



(Para Todos / Chico Buarque)

Na verdade, eu quero mesmo é escrever um pouco deste “País tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”, como diz Jorge Bem Jor. Deste Brasil, com enorme extensão, dividido em 5 regiões, com 26 Estados, 1 Distrito Federal e 5.560 Municípios. De um Brasil que apresenta traços físicos, humanos, econômicos e sociais comuns e ao mesmo tempo tão diferentes; que chove no Norte, faz frio no Sul, calor no Sudeste, seca no Nordeste e umidade zero no Centro-Oeste. Deste Brasil livre que comprovadamente tem milhares de religiões diferentes, incluindo todas as crenças que se encontram espalhadas pelos recantos remotos do país, sendo que a grande maioria é de católicos (praticantes ou não). De um Brasil que viaja ao ritmo da música erudita, clássica, jazz, batuque, samba, sertaneja, forró, funk, bossa nova, hip hop, MPB e o pagode. Que torna ídolo e líder em vendagem Amado Batista, Zezé de Camargo e Luciano, Padre Marcelo, entre outros, mas enaltecendo ao mesmo tempo estilos como Chico Buarque, Caetano, Gonzaguinha, Ivete Sangalo e curte Jack Johnson.

O Brasil que se alimenta com o churrasco e arroz carreteiro, mas que adora o pão de queijo e o tutu à mineira, que não rejeita o arroz com feijão e a pizza paulistana, que adora a feijoada carioca, se delicia com o “quente” vatapá e acarajé bahiano, as buchadas de bode e as macaxeiras do nordeste. O Brasil do bom vinho, da caipirinha e da cerveja. É país pra todo gosto e tradução regional: bah tchê, bueno, oxente, uai, trem doido sô, meu, mano, beleza, mermão, tá ligado, bão mesmo? Tá ruim de sê, tá massa... É um país único sim, imenso, cheio de culturas, sotaques, hábitos, estados de espírito e olhares sob “mundos” diferentes.

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É o Brasil que tem o vaqueiro, o caipira, o operário, o industrial, o intelectual e o doutor, o bad boy, o roqueiro, o jogador de futebol, o surfista e o namoradinho, que tem as louras e morenas mais belas. Este é o país do futebol, que em plena noite de sábado em uma das metrópoles brasileiras, onde as diversões e o lazer dividem seus moradores; alguns assistem a peça de teatro “Ensina-me a Viver", estrelada pela maravilhosa Gloria Menezes que em sua entrevista demonstra humildade, afirmando: “Acho que ainda tenho muito para fazer. Agradeço muito o carinho de todos, e só posso dizer que o caminho é estudar , estudar e estudar muito...”; enquanto alguns outros, paralelamente, na quadra de uma Escola de Samba, prestigiam intituladas de “As Boas, As Saborosas”, Viviane Araújo e Mulher Melão, entre outras e outros que com todo respeito, brilham na exposição de seus atributos melhorados pela medicina estética, que as (os) tornam “celebridades”. É lazer para todo gosto... E o que dizer dessa maravilhosa diversidade de cenário?

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Quero ressaltar ainda a beleza natural, o verde, o mar, mas fundamentalmente a beleza humana, aquela beleza que ninguém vê, ninguém repara... até quem não conhece, que não convive. A beleza de um povo hospitaleiro, guerreiro, que luta a cada nascer do sol, que recebeu de braços abertos irmãos de todo o planeta, que fez da miscigenação marca registrada de uma raça, desse povo que cai e se levanta, que sabe estender a mão, desse povo amigo, ah.. desse raro povo que como diria Ari Barroso se estivesse entre nós: “Isto aqui ô ô é um pouquinho de Brasil, ia ia, desse Brasil que canta e é feliz. É também um pouco de uma raça que não tem medo de fumaça, ai ai e não se entrega, não” .

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Aqui também tem maldade sim senhor, aqui tem quem se aproveita da ingenuidade alheia, tem a inveja, tem o que gosta de viver a custa do outro, aqui se cultiva o desamor também, como em todo lugar aqui também existe a eterna dualidade da vida - Yin e Yang, porque aqui não é o que chamam de “paraíso”, até porque o “paraíso” é algo pessoal e subjetivo, mas o certo é que aqui é um país de um povo “coração bão”, amigo e trabalhador e a única certeza que me cala fundo é que neste Brasil, verde, amarelo, azul e branco, o único sentimento que não podemos mais nutrir e que devemos lutar contra é a INTOLERÂNCIA, pois em um país que trás em seu coração as cores do mundo, e tamanha diversidade interna, não cabe a discriminação e o preconceito e sim o respeito a toda diferença, seja de raça, religião, de crença, de cor, de opinião, de preferência.

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A vida é o sopro do Criador que percorre toda a Criação, incessantemente, animando a tudo e a todos igualmente e como tal o respeito e a solidariedade são fundamentais. Isto só se consegue exercitando, mas... será que se refletirmos, ainda iremos ver o outro como diferente? Ou realmente como parte deste todo?

 
©2007 '' Por Elke di Barros