30 de setembro de 2008

EU SEI...

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JE SAIS ( EU SEI)
(Jean Gabin)

Quando eu era criança, com três palmos de altura ,
eu falava bem alto e forte... para ser um homem
eu dizia: eu sei, eu sei, eu sei, eu sei...
Era o começo da primavera

Mas quando fiz meus 18 anos
Aí eu disse: eu sei, é isso, ai está, dessa vez eu Sei...
E hoje, nos dias em que volto e observo terra onde andei,
de um lado para o outro e ainda não sei como ela gira

Com meus 25 anos eu sabia de tudo:
amor, rosas, vida, os tostões!
Ah, sim, O amor! Eu tinha dado a volta toda...
Eu estava em torno de todos!
E felizmente, tal como os amigos..
eu não tinha comido todo meu pão.
No meio da minha vida, eu ainda aprendi.

O que eu aprendi, cabe em três ou quatro palavras:
"O dia que alguém te ama,
faz um tempo muito bonito."
Não posso dizer melhor: faz um tempo muito bonito!

E o que ainda me admira na vida,
eu que estou no Outono da minha:
“A gente esquece tantas noites de tristeza,
mas jamais uma manhã de ternura.”
Em toda a minha juventude,
eu sempre quis dizer “eu sei”,
mas quanto mais eu olhava, menos eu sabia.

Sessenta (60) batidas soaram no relógio.
Ainda estou à minha janela, olho e digo a mim mesmo:
Agora eu sei, eu sei que nunca se sabe!
Vida, amor, dinheiro, amigos e as rosas...
Nunca se sabe nem o ruído nem a cor das coisas!
É tudo que eu sei... Mas isso eu sei...!



(Vídeo imperdível! Assista, ouça, sinta...)

27 de setembro de 2008

Primaverando..

Reconheces algum pólen em teus sentidos? Sentido!

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É preciso "setembrar" também, de alguma maneira. Embora a fissura pelo "exterior" ou sei lá mais o quê, matricules teu bom senso no tesão de florescer. Há muito mais entre tu e o teu reflexo no espelho do que imaginam as atuais e vãs filosofias. É preciso deixar que por ti passeie um arejado sentir e um viável sentido, abrindo outras tantas janelas e gavetas para muito mais sol, brisa e perfume. Antes, és o sachê que tem as essênciais de que precisas, o único espírito responsável pela chance de fazer com que Deus sorria ou chore ao espiar teu avesso.

"Primaverar" é hidratar-se de alguma forma, é deixar que a fotossíntese aconteça e que a velha e boa raiz se esparrame, nutrida. Precisas da energia que provêm de tua própria luz, do harmonioso ballet por tuas células, do amido desse sovado pão da vida, da mágica química de tuas porções. É preciso acreditar que és o ventre para alegria e riso, para calor e abraço, para mais um dia e uma nova estação.

Se já te foi possível chegar até aqui, se já te foi possível respirar aquém da poeira na estrada, se ainda te é possível converter idéia em passo, então confies na capacidade de brotar, de novo, do jeito que és. Não importa se agora te sentes uma margaridinha ou um edelweiss, se te deixas dispor na terra, no xaxim ou num vasinho, se homenageias quem chega ou quem vai, se apenas estás aí, aonde quer que te tenhas permitido chegar, te tenham permitido ficar, compreendas estar... seja por escolha ou conseqüência.

Agora, precisas reagir e brindar os olhos internos de teu mundo correspondendo aos estímulos de tua inevitável e valiosa natureza, além de qualquer oxigenar do alheio, quer sejam de anjos, homens, cães ou lobos que nem sempre percebem a prenhez absoluta dos luares.

Deixa-te "ser viva/o" implantando menos modismos e outros artifícios, para mais, para muito mais sadiamente amar-te. Nenhuma "primavera" vale desbotar-te no excesso das cobranças ou daqueles que te amam pouco, meio como tu, às vezes. É possível reescreveres tua cartilha: ser feliz é mais do que parecer, apenas. Está além de tua veste ou pele, de um sorriso ocasional, de um "tudo bem" à toa ou de um suspiro espartilhado. Parecer coisifica. Violenta. E fadiga.

A boa nova de setembro é a velha máxima: "a lição sabemos de cór, só nos resta aprender"... Já veio, tá quase indo.. Primavere-te! Primavere-te tirando também os mofos de tua casa interna, os espinhos de tua alma, as mágoas de teu caminho, os cansaços dos desencantos, comodismos, mesmices.. Primavere-te acreditando na substância além de quaisquer rebocos para que os descendentes dos teus batalhados sonhos sejam tão reais como tem sido a paciência de Deus com a abusiva pirataria de corações e feitios.

Pri-ma-ve-re-te!. E floresça, refloresça, sei lá. Mas faça parte. Voar e pousar em si mesmo "perfuma e colore" tudo o mais..

23 de setembro de 2008

O Mosquito

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O Mosquito
(Thobias Almeida)

Alguns dizem ser o leão. Outros, o búfalo selvagem africano. Existem ainda partidários do tigre, do tubarão, do rinoceronte, do urso ou até mesmo do ser humano. Eu, modestamente, elejo o mosquito como o ser mais corajoso e realizado que já habitou nosso planeta.

Pensem comigo. Num vôo que a primeira vista pode parecer desordenado, cambaleante, ele se aproxima. Alia coragem à sagacidade, pois só é realmente percebido quando toca nossa epiderme. O mosquito elabora um plano, nos rodeia e nos rodeia incansavelmente, e só depois da certeza de estar invisível, aterrissa. Inutilmente, com movimentos tão morosos que chegam a ser patéticos aos olhos do pequeno inseto alado, tentamos golpeá-lo. Para o mosquito, nosso tamanho infinitamente superior não é problema. Ele não nos teme, pois tem a certeza de sua vitória.

Armadilhas, por mais que nos esforcemos, não são suficientes para detê-lo. Nossas mãos vão passando uma, duas, três vezes, rasgando o ar, e nada. O ínfimo ser não se deixa abalar. Insiste, vai e volta, até conseguir nos possuir. E ainda se posta de maneira jocosa, ridicularizando-nos, esfregando suas diminutas patas dianteiras assim como nós esfregamos as mãos quando vislumbramos algo de bom. Um autêntico sarcástico.

Ingenuidade de nossa parte achar que somos os habitantes do mais alto andar na evolução das espécies.
A começar pelo fato de não possuirmos a habilidade do vôo. Bem, podem surgir questionamentos com relação aos pássaros, mas estes são medrosos, reticentes quanto a nossa presença. O menor sinal de aproximação já é motivo para alvoroço, para fugas ridículas. O mosquito não, pelo contrário, faz questão de vir ao nosso encontro, de nos explorar, de se empanturrar com nosso sangue ou com nossos alimentos.

No que se refere à reprodução, outro show do artrópode. Nós somos obrigados a encarar rodeios, teatros, uma série de encenações para enfim alcançar a cópula. O mosquito não, e justiça seja feita, todos os outros animais não. O ato é objetivado, e melhor ainda, estendido a várias parceiras num curtíssimo intervalo de tempo. Maravilhoso.
Para encerrar a discussão e confirmar a predominância do mosquito, este só possui uma semana de vida. Não é obrigado a permanecer nesta penosa jornada a que somos submetidos, não trabalha, não envelhece. Morre ainda no vigor da juventude e sua vida é feita única e exclusivamente de prazeres que são o vôo, o sexo e a apreciação de guloseimas mil. Ele não divaga, como agora o faço, não necessita de batalhas para provar sua bravura, não padece de traições ou crises psicológicas. Realmente um ser exemplar, pois simplesmente vive. Se a oportunidade me for oferecida, quero ser um mosquito numa vida futura e simplesmente me alimentar, voar e amar!
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Muitos de vocês ao lerem este texto irão concordar, elogiar.. Outros discordarão por razões diversas, e dirão: tanta coisa para ele pensar em ser e.. logo um mosquito?

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Nelson Rodrigues já dizia: " A UNANIMIDADE É BURRA". Preferência, gosto, sonho e opção é algo muito pessoal e instransferível. Enfim, ao postar e evidenciar aqui Thobias Almeida, um mineiro de nascimento, jornalista por formação e amigo por afinidade, boêmio e admirador da arte e de boa música, compartilho seu texto porque leio e admiro seus escritos, simples assim... Parece "loucura" Thobias aspirar ser mosquito? Que nada! Ele é um escritor, um poeta que se permite dar asas e liberdade ao pensamento, à imaginação.. e como tal alça vôo em direção ao horizonte distante, além do azul do mar, transcendendo os próprios limites, se atirando e deixando levar... Gosto de quem abre seu coração à favor do caliente sopro do vento, de quem segue em direção ao sonho.. e nos permite participar.

Interessante quando uma leitura como esta nos leva a apreciar detalhes nunca obervados. Meu conceito negativo, pré-estabelecido em relação ao mosquito não me permitia admitir tamanha sagacidade em uma espécie, como a exposta no texto. Se fizermos um paralelo em nossas vidas, como seres humanos, vamos descobrir que convivemos às vezes com leões bonitos, fortes, imponentes, mas só na aparência... E, em quem menos se espera encontra-se algo bom e extremamente produtivo para ser partilhado, sem nos deixar o sentimento de estarmos sendo enganados. Comprar a embalagem e o conteúdo vir com data de validade vencida? Lamentável isso, não? "Ma questa è la vita"...

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O texto nos concede ainda um questionamento interessante: O que gostaríamos de ser? Você já se imaginou sendo o que? Você mesmo ou aprecia a inteligência e a perspicácia de outro ser, assim como fez Thobias?

Não importa o que ou quem queiras ser, o que vale mesmo é que sendo mosquito, borboleta, a mais bela ave ou animal, pequeno ou grande, com expressão ou não, sejamos o melhor que pudermos.

Conselho? Seja sincero, humano, leal, honesto e valoroso em seu caráter, porque o resto é conseqüência... (Silvana)

22 de setembro de 2008

Dia do Amante

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Hoje é "Dia do Amante".
E o "Dia da Banana" também.

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Coincidência.. (rs)
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Vou pegar uma carona na linda ilustração que Leila postou alusiva ao
"DIA DO AMANTE", pedir licença e deixar este poema do eterno Vinícius, que virou canção... (Sil)

Pela luz dos olhos teus
(Vinícius de Morais)

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só pra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar

Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

17 de setembro de 2008

"Ter ou não ter namorado, eis a questão..."


"O verdadeiro significado das coisas é encontrado ao se dizer as
mesmas coisas com outras palavras"
Charles Chaplin

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"TER OU NÃO TER NAMORADO, EIS A QUESTÃO"

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.

Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.

Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.

Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.

Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.

Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.

Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.

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Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto.

Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.

Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.

Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado.

Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar.

Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.

Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.

Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz.

Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.

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Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos... ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.

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Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu
aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar
e, de repente... parecer que faz sentido.

(Arthur da Távola)

16 de setembro de 2008

"Carpe Diem"


"Carpe Diem" - "Colha o dia"
“Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente...”

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Como dizia o poeta:

Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai
Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não
Não há mal pior
Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão

(Vinicius de Moraes)

12 de setembro de 2008

As três perguntas...

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AS TRÊS PERGUNTAS

Conta-se que num país longínquo, há muitos séculos, um rei se sentiu intrigado com algumas perguntas, que os seus súbditos lhe faziam. Como não encontrava respostas, resolveu fazer um concurso no qual todas as pessoas do reino poderiam participar. O prémio seria uma enorme quantia de ouro, pedras preciosas, além de títulos de nobreza. Seria premiado quem conseguisse responder a três perguntas:

Qual é o lugar mais importante do mundo?
Qual é a tarefa mais importante do mundo?
Quem é o homem mais importante do mundo?

Sábios e ignorantes, ricos e pobres, crianças, jovens e adultos se apresentaram, tentando responder às três perguntas. Mas nenhum deles deu uma resposta que satisfizesse o rei. Em todo o território, só um homem não se apresentou para tentar responder às perguntas do rei. Era alguém considerado sábio, mas a quem não importava a fortuna nem as honras da terra. O rei convocou esse homem para vir à sua presença e tentar responder às três perguntas.

E o velho sábio respondeu:

O lugar mais importante do mundo é aquele onde te encontras. O lugar onde moras, vives, cresces e trabalhas. É aí que deves ser útil, prestativo e amigo, porque este é o teu lugar.

A tarefa mais importante do mundo não é aquela que desejas fazer, mas sim aquela que deves fazer. Por isso, pode ser que o teu trabalho não seja o mais agradável e bem remunerado do mundo, mas é aquele que te permite o teu próprio sustento e o da tua família. É aquele que te permite desenvolver as potencialidades que existem dentro de ti. É aquele que te permite compartilhar a paciência, a compreensão, a fraternidade. Se não tens o que amas, o mais importante é que comeces a amar o que tens. A mínima tarefa é importante, e ninguém neste mundo a pode executar exatamente da mesma forma e maneira como tu a farias.

E finalmente, o homem mais importante do mundo é aquele que precisa de ti, porque é ele que te possibilita a mais bela das virtudes: A CARIDADE. A caridade é uma escada de LUZ. É o auxílio fraterno. É a mais alta conquista que o homem poderá desejar.

O rei ouvindo as respostas aplaudiu, agradecido. Para a sua própria felicidade, descobriu uma razão de SER para os seus últimos anos de existência.

....................................

Importante é que tuas perguntas e respostas...
te dêem a PAZ para prosseguir.
Bom finde!

7 de setembro de 2008

Independência???

"Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida."
(Che Guevara)

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"Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!"

Frase histórica de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822.


Você já acordou ouvindo um som que lhe trouxesse a mente a lembrança de algo? Pois é... hoje ao acordar, após ligar meu aparelho de Tv, ouvi o ritmo de fanfarras tocando, em desfiles organizados para comemorar o "DIA DA INDEPENDÊNCIA". O som e a imagem despertaram em mim um sentimento de nostalgia. Nasci e fui criada no interior, onde até hoje conserva-se viva esta tradição. Lembrei-me então de época não tão distante, em que na escola estava incorporado ao planejamento organizar comemorações alusivas à data, o verde e o amarelo predominavam, bandeirolas, enfeites pelos corredores do prédio, colocar-se em posição de respeito e cantar o Hino Nacional com orgulho toda manhã, era condição básica para o início das atividades na “Semana da Pátria”. Era um tempo em que se propagava o patriotismo e se repetia com orgulho os versos: “Sete de setembro, data tão festiva, foi a independência desta terra tão querida...”

Tempo bom, que a menor lembrança nos dá vontade de regressar, mas se foi... e com ele a visão simplista de ser livre, independente. Novos tempos, nova maneira de ver e analisar os fatos e a palavra independência se “maturando” e criando um conceito diferente, próprio de cada fase e de cada período de nossas vidas. “O Grito de Independência” foi um fato significativo, se visto simplesmente como representação de liberdade, mas se estudado profundamente, vamos constatar que o que levou nosso “herói” D. Pedro, a erguer sua espada nos proporcionando um quadro de emoção e orgulho em propagado ato de bravura, na verdade é e pode ser questionável pelas próprias pressões políticas da época... Ficamos livres, ou Portugal simplesmente não perdeu o domínio sob a colônia e o que ela lhe rendia sob comando do Príncipe Regente? Bem... mas isso é assunto para muita conversa ...

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O certo mesmo é que o Brasil, em mais de 500 anos de história, teve em sua formação o que chamamos de colonização da exploração, uma terra de lucros fartos a quem viesse dele usufruir, e desde sempre pauta sua luta na busca para ver-se livre dessas amarras, seja em 1500, seja 1822, seja 1889, seja 2008, enfim... Nossa história, a do povo brasileiro em luta constante, tem possibilitado criar vários heróis aos longo dos anos, de acordo com a época. É a história de um povo que viu sua cultura sendo trazida, formada com o cruzamento de raças, que viu o “Grito do Ipiranga”, que assistiu a celebre frase “Libertas que será Tamén”, incorporar a bandeira de um estado, do povo que viu Getúlio deixar escrito “Saio da Vida, para entrar para a história”, do povo que tanto lutou e sofreu como o “Irmão do Henfil”, mas fundamentalmente do povo que tem seu herói maior, o BRASILEIRO, de raça, de garra, que não foge à luta, que ao nascer já tem incorporado em sua identidade a busca diária, não apenas por um “TERRITÓRIO LIVRE”, mas por uma “VIDA LIVRE”, onde possa criar seus filhos com dignidade, que luta contra a violência, o preconceito, o desemprego e a desigualdade, que trabalha além das horas estabelecidas, esperando remuneração justa , lutando contra a velha exclusão, onde a falta de renda para consumir o mínimo necessário à sobrevivência é batalha constante. A esse Herói, O POVO BRASILEIRO, rendo hoje minha homenagem, no dia da INDEPENDÊNCIA.

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Um País livre e que quer o respeito de outras nações, precisa reconhecer seu valor como Pátria e respeitar os seus filhos, precisa de homens sérios e políticos comprometidos com políticas públicas eficientes e não assistencialistas, respeitar seus idosos, dar condições às suas crianças de crescerem com Saúde e Educação. Não permitir pessoas morrendo em filas de hospitais sem atendimentos ou com fome e frio jogadas pelas esquinas, enquanto uma minoria contabiliza seus dólares em paraísos fiscais. Um País livre e sério é aquele que combate a corrupção e cria mecanismos para punir os que abusam desta prática. Falar em Independência é muito mais do que simplesmente cultuar um “Herói” e valorizar uma data. Independência sim, mas acompanhada por respeito e dignidade a quem aqui produz, quem constrói sua família, cria seus filhos e a quem orgulha-se de pertencer a este chão.

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Falar em 7 de setembro, ouvir a fanfarra tocar emocionada, falar de Brasil, de sua riqueza natural, de sua gente miscigenada, desse povo hospitaleiro e companheiro, é importante e nos enche de orgulho, pois como escreveu Gonçalvez Dias: “MINHA TERRA TEM PALMEIRAS, ONDE CANTA O SABIÁ, AS AVES QUE AQUI GORJEIAM NÃO GORJEIAM COMO LÁ”, mas assistimos de verdade a uma luta ferrenha e diária desse povo que “briga” e sofre, com tantos problemas e privações. Somos na verdade um “PAÍS TROPICAL, ABENÇOADO POR DEUS”, como diz Jorge Ben Jor, com um território enorme, livre, INDEPENDENTE, mas economicamente comprometido, tanto externa como internamente, com índices elevados de analfabetismo, seja real ou funcional, de violência, de desigualdade, etc. Mas somos brasileiros, não desistimos nunca, aprendemos a viver cada dia... e hoje é domingo, dia da macarronada ou do churrasco para os que podem deles usufruir, da cervejinha com o amigo, de ensaio do samba na quadra da escola, tem futebol na TV, o Maracanã vai estar lotado, o povo estará sorrindo... amanhã? Ah, segunda-feira, começa tudo de novo, mas é outro dia, nova semana, e quem sabe algo muda? Eleição? Ainda é cedo para pensar nisso, afinal é só para o mês que vem e hoje é dia de comemorar a “INDEPENDÊNCIA”, dia de festa, Feriado Nacional.... Esse é meu povo, esse é meu país!!!

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E você aí, como está sendo o seu 7 de setembro de 2008?

3 de setembro de 2008

A PAZ QUE TRAGO EM MIM

"Para tudo há um tempo, para cada coisa um momento."

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A paz que trago hoje em meu peito é diferente da paz que eu sonhei um dia… Quando se é jovem, imagina-se que ter paz é poder fazer o que quer, repousar, ficar em silêncio e jamais enfrentar uma contradição ou uma decepção. Todavia, o tempo vai nos mostrando que a paz é resultado do entendimento de algumas lições importantes que a vida nos oferece. A paz está no dinamismo da vida, no trabalho, na esperança, na confiança, na fé. Ter paz é ter a consciência tranqüila, é ter certeza de que se fez o melhor ou, pelo menos, tentou… É assumir responsabilidades e cumprí-las, é ter serenidade nos momentos mais difíceis da vida, é ter ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que diz palavras que constroem, é ter um coração que ama, é não querer que os outros se modifiquem para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, é esquecer as ofensas...

Ter Paz é aprender com os próprios erros, é dizer não quando é não que se quer dizer, é ter coragem de chorar ou de sorrir quando se tem vontade, é ter forças para voltar atrás, pedir perdão, refazer o caminho, agradecer… É admitir a própria imperfeição e reconhecer os medos, as fraquezas, as carências. A hipocrisia?, bem... esta não faz parte dessa caminhada.... Perfeição? Longe disso, ela não existe, mas ser você mesmo é fundamental em sua busca. Tem uma frase que diz assim: “Cada um tem de mim exatamente o que cativou”, e eu digo... “Cada um é responsável pelo que cativa”. Não se pode conviver com falsidade e mentira, a verdade pode magoar, mas é sempre mais digna. Porém, para viver em paz, bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos, acredito mais que nunca que o mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos.

Isso para mim é ter paz, porque aí eu sou a minha essência. Não sei ser diferente e em momentos de reflexão é que sedimento a certeza de que este é o caminho que me proporcionará prazer e satisfação. O que virá?... não sei, estou na vida e eu só preciso de força para viver cada momento, como tem que ser, sem fugir, sem medo, vivendo e sentindo a vida e as companhias ao meu lado, valorizando o que é verdadeiro, aprendendo com o sofrimento dos erros e das sentidas ausências... exatamente com o homem lá de cima me tem proporcionado, essa é a minha verdade e viver isso é que me dá paz e me permite sentir momentos de alegria e felicidade. Amanhã? Quem poderá dizer?.... A existência é eterna, muito ainda se tem a percorrer, à apreender e melhorar-se....

2 de setembro de 2008

Dia do Livro Infantil

Hoje é dia de presentear filhos pequenos, sobrinhos, afilhados,
alunos, vizinhozinhos, filhos de amigos e etc... com livros.
O livro incentiva e estimula à leitura, aumenta a auto-estima e concentração. E incentivo é sempre bom. A imaginação, agradece!

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Criança diz cada uma...


À meia noite, o encanto se acaba...

Tudo vira pizza?

Se você mentir, Pinóquio, seu nariz vai crescer..
Sempre o nariz, só o nariz?

Mogli, floresta não é lar pra menino!
Rua é?

Cuidado com "maçãs" envenenadas..
Ih, tem ovo tb e com uma tal de salmonella..

E com um beijo de amor, você despertará..
Bom, depende do príncipe..

Gato, olha lá onde você vai com essas botas!
Lustrar para o rodeio, uai!

Eu dormi bem pouco - disse à princesa.
Que ervilha que nada! Vai ver todo mundo roncava..

Como ela é Bela! Como ele é Fera!

Tinha paparazzo lá?

Só quem for inteligente verá a roupa nova do Rei!
A moda pegou? Ficou todo mundo pelado?

Adivinha meu nome?
Rumpels... Rumpelstil...skin? Diz aí, Ruuum!

Abre-te, Sésamo!

Só depois que o Ali... baba

Tem que esfregar a lâmpada, esfregar e esfregar..
Que boilice!

E eu vou soprar, soprar, sopraaar...
Tóim! Que mau hálito!!

Rapunzel, jogue suas tranças!
Era de mega-hair?

Vovó, porque essa boca tão grande?
Botox, mas não espalha...

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Você lembra de alguma?


 
©2007 '' Por Elke di Barros