30 de abril de 2008

A Complicada arte de "ver"

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O OLHAR


Em meio a uma conversa animada entre amigas, surgiu a idéia de construírmos um espaço para que pudéssemos escrever nossos pensamentos, sobre os acontecimentos, notícias, enfim, variedades em geral que faz o dia-a-dia do povo brasileiro e que o envolve de maneira mais concreta. É desta forma que estou deixando aqui meu primeiro post (um pouco longo, verdade.. hahaha) e com muito carinho vou homenagear você Leila, amiga querida e agora parceira de blog, com um texto onde o tema é algo que sempre a caracterizou e deixou como sua marca – O OLHAR.



E QUANTOS SÃO OS OLHARES?


Os OLHARES são muitos, pode-se dizer. Há o olhar apaixonado que se entrega e brilha; há o olhar desesperado que se perde de si mesmo e o olhar enlouquecido que já não olha exatamente. Há um olhar que submete e outro que liberta; há um olhar profano que quer saber e um olhar sagrado que pensa que sabe; há um olhar que acolhe e outro que amedronta; um olhar que ama e outro que afronta; um olhar inocente e um olhar culpado; um olhar sincero e um olhar forçado.. Há um olhar que vem e outro que se evade; um olhar inteiro e outro pela metade.
É diante desta heterogeneidade de OLHARES que vamos esculpindo o mundo e construindo relações, onde o reconhecimento do OUTRO tem um significado mais complexo e profundo do que podemos imaginar. É importante se permitir olhar por diferentes ângulos, não se limitando a uma ótica estreita em relação aos fatos, para não criarmos conceitos errôneos e tão pouco cometermos enganos ou injustiças. O respeito pelo OUTRO não admite força, violência ou dominação; admite sim o diálogo, o reconhecimento e a negociação das diferenças. Aprender a conviver significa respeito e abertura para relações, onde respeitar o OLHAR do outro sobre os acontecimentos do cotidiano sugere a aceitação da diferença. O "aprender a conviver" diz respeito portanto a habilidade pessoal de respeitar o OLHAR do outro e permitir a aproximação e não o afastamento, através do interesse, da escuta, do diálogo, da empatia por formas alternativas de vida, etc., tendo sempre por base que o envolvimento com a diferença e a flexibilidade, tornou-se um pré-requisito da vida democrática na globalização pós-moderna. É com esta “visão” que espero que neste espaço possamos permitir que nossos olhos saiam da caixa de ferramentas como diz Rubem Alves, onde não passam de ferramentas para utilizarmos em funções práticas em nosso dia-a-dia e que se transformem em órgãos de prazer e de respeito pelo outro, que possam brincar com o que vêem, olhar pelo prazer de olhar e que queiram fazer amor com o mundo.

28 de abril de 2008

Primeiro Post...

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Ô vida embolada...
Vamos comentar sobre o que estivermos a fim,
e quem sabe não aliviamos um pouco?
Bem-vindo(a) e sinta-se em casa tb.

 
©2007 '' Por Elke di Barros