12 de maio de 2008

" O CORAÇÃO "

“É tão bonito quando a gente pisa firme nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos. É tão bonito quando a gente vai à vida nos caminhos onde bate bem mais forte o coração”
(Gonzaguinha)

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"Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga FLORES."
(Shakespeare)




"O CORAÇÃO-SENTIMENTO"


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"O coração humano é um instrumento de muitas cordas. O perfeito conhecedor dos homens sabe fazê-las vibrar todas, como um bom músico."
(Charles Dickens)



Hoje não quero falar sobre o coração-órgão, o coração-músculo, aquele responsável por bombear o sangue para todo nosso organismo, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas, dando-nos a vida. Hoje eu quero falar do coração-sentimento. Daquele amigo localizado no peito, levemente inclinado para esquerda, o mesmo amigo que muitas vezes teima em nos desafiar, que nos deixa bobos perto da pessoa amada, que palpita mais forte ao ouvir aquela canção....

Mas para falar desse amigo, o coração-sentimento, será preciso expressar-me metafóricamente, porque SENTIMENTOS, de forma genérica, são informações que seres biológicos são capazes de sentir psicologicamente nas situações que vivenciam. Desta forma e considerando-se que as emoções despertam ou se associam a alterações circulatórias, os cardiologistas e clínicos se habituaram, em seu trabalho, com o envolvimento psíquico dos pacientes , portanto, o sentimento que nós seres humanos atribuímos ao coração, na verdade trata-se de um desafio a ser estudado pela Psicanálise. Desta forma, falar de coração associando sentimento, emoção, é estar portanto, criando metáforas.

Cada anomalia em nosso organismo tem, além do seu quadro clínico, uma representação simbólica, ou seja, uma metáfora, e cada órgão possui, do mesmo modo, a sua simbolização, podemos estar certos de que mais que quaisquer outras, as doenças cardíacas são capazes de enriquecer a fantasia por serem a expressão do órgão mais vital de todo o corpo humano – O coração que ora aquece e depois esquece. O coração que ora repele e depois se apaixona. O coração que ora ama e depois odeia - ou ama com intensidade ainda maior.

O coração que é a sede da vida, do amor, do desespero, do medo e dos tormentos. Não sem razão, dele falam os provérbios – “O que os olhos não vêem o coração não padece”. “Mãos frias, coração quente”. “Longe dos olhos, perto do coração” ou “O coração tem razões que a própria razão desconhece” e até “Quem vê cara não vê coração”. A poesia e a música utilizam a metáfora constantemente “Meu coração, não sei porquê, bate feliz quando te vê” e os namorados usam e abusam da morfologia anatômica para dizer da sua paixão, encravando-os na madeira dos tampos de mesa de bar, nas árvores e nos bancos dos jardins. Coração é o órgão que simboliza o amor e segue o ritmo das emoções. Em uma pessoa que se apaixona, o seu batimento se altera e acelera, na troca de olhares, no pegar de mãos, no toque dos lábios.... Coração que tantas vezes faz os apaixonados sonhar com os olhos abertos.... eu diria que esta é a linguagem do amor, é a mais simples e, ao mesmo tempo, a mais complexa que pode existir, porque é a linguagem do "coração".

O coração de uma pessoa é o que ela tem de mais precioso e, ao mesmo tempo, mais distante... Tal qual um tesouro que Deus nos deu, mas com uma condição: para que possamos usufruir dessa riqueza, muito teremos de nos dedicar e de nos empenhar para desbravar o seu caminho. Em meio a esta caminhada para chegarmos ao coração, seja nosso, ou de qualquer pessoa temos alguns “inimigos” a enfrentar, como o orgulho, a vaidade e o egoísmo, a inveja, etc.. Esses inimigos agem em nossa mente, criando situações e nos fazendo imaginar pelo outro, tirando conclusões precipitadas e renegando os nossos sentimentos mais genuínos e puros, porém quando conseguimos ouvir a voz do coração, sabemos que nossa felicidade não está no que nos fazem ou nos dizem. Está em nossas próprias atitudes, em nossos próprios sentimentos e em nossas próprias intenções.

Fica aqui nossa expectativa para que cada ser humano possa administrar com sabedoria, bom senso, equilíbrio, tranqüilidade, e muita pureza d'alma as mensagens enviadas pelo “amigo” coração-sentimento, para que nossa matéria possa receber toda a energia necessária e transmita-la com muita tranqüilidade para o “amigo” coração-órgão, permitindo assim que cada um siga e cumpra a sua jornada nesta difícil caminhada de aprendizado pela vida, onde a grande sabedoria é saber olhar a vida com olhos de ver, enxergar as coisas de maneira diversa da habitual, ir além das aparências. Nós não somos apenas ossos, músculos, tendões, unhas, cabelos, sangue, somos tudo isso e muito mais, somos principalmente a essência e o espírito.

 
©2007 '' Por Elke di Barros