Uma celebridade é uma pessoa amplamente reconhecida pela sociedade. A palavra deriva-se do latim celebritas, sendo também um adjetivo para célebre, que quer dizer "famoso, celebrado". Houve tempo em que celebridade era quem "faz" ou "fez" alguma coisa, escreveu um livro, distinguiu-se na ciência, no teatro, na vida pública. Hoje, não se exige tanto. O escritor americano Daniel Boorstin, num livro sobre o culto da imagem no mundo contemporâneo, forjou uma esplêndida definição: "Celebridade é uma pessoa muito conhecida por ser muito conhecida".
Se analisarmos a vida de Kleber Bambam, o que fez ele, com todo respeito? Bambam como ficou conhecido, expôs espetacularmente sua vida, seus sentimentos, mostrou espetacularmente como come e o que gosta de comer, trabalhou espetacularmente seus sentimentos, reagiu espetacularmente diante na convivência com o outro. Para cada um desses atos, trouxe espetacularmente para si a atenção das câmeras. Neste cenário, a sociedade contemporânea vai assistindo o que é público confundir-se com o privado. Imaginemos então que passa-se um mês, um ano e não o procuram mais e aí perguntamos: há vida, para a "celebridade", fora das câmeras?
Em contrapartida, se citarmos Chico Buarque de Holanda, estaremos diante de um processo antagônico e iremos lembrar de belíssimas canções imortalizadas (A Banda, Construção, O que Será, Olhos nos Olhos, Apesar de Você, e tantas mais), lembraremos de sua contribuição para literatura e o teatro como a “Ópera do Malandro” e "Gota D’Água", etc. Isto sem mencionar tantos intérpretes que surgiram e fazem sucessos com sua obra.
Com esta comparação e de maneira prática, podemos questionar se existe diferença no ato de tornar-se celebridade entre Kleber Bambam (volto a frizar , citado com todo respeito) e tantos outros, e Chico Buarque de Holanda. Diríamos com isso que Kleber Bambam está celebridade, enquanto Chico Buarque de Holanda é uma celebridade.
A fama é o principal pré-requisito para o status de “celebridade” nos dias de hoje, mas nem sempre é suficiente. Não podemos ainda deixar de analisar aquele que com seus atos trouxe para si a atenção das câmeras, mas mostrando o lado “negro” de cada ser humano, como é o caso de Fernandinho Beira-Mar, que comanda um sistema criminoso montado pelo narcotráfico e não deixou de ser celebridade, afinal, esteve sob a mira das lentes das câmeras.
Vemos aí então, que além de diferentes visões do que é SER celebridade, ou ESTAR celebridade, podemos também diferenciar a "celebridade" pelo lado positivo e negativo. Diante deste questionamento, constatamos que a sociedade, por exemplo, que produz Kleber Bambam e outras tantas “celebridades-relâmpagos” é a mesma que substituiu o lema ‘penso, logo existo’ por um outro ditado, mais apropriado à lógica do espetáculo: ‘sou visto, logo existo’, porém constatamos ainda que nem sempre quem “está” , "é".
Vale com isto dizer que, aquele que apenas "está" , na maioria das vezes, vive de aparências , de ilusões , vive induzidamente. Aquele que "é" vive consciente de si , dedutivamente , constrói suas ações com seus pensamentos através da reflexão , procura viver em equilíbrio consigo mesmo sabendo que só assim consegue estar em equilíbrio com o meio à sua volta. Aquele que "é" busca ser verdadeiro primeiro consigo e depois com os outros, sabendo que só assim é possível haver ordem no viver interior psicológico , com os outros humanos e com a vida em geral. O grande desafio neste mundo, onde a visibilidade diante das câmeras vai se tornando um ato comum, não é estar "celebridade" e sim manter-se "celebridade". Diante disso, fica aqui o nosso respeito e admiração a todas aquelas pessoas que receberam a chance, ou que foram levadas a condição de "celebridades" e com esforço, aprimoramento e muito trabalho lutam não somente para manterem-se como tal, mas para realmente merecerem.
ELENCO: Renée Zellweger, Richard Gere, Catherine Zeta-Jones, Lucy Liu e John C. Reilly. Vencedor de 6 Oscars
CHICAGO: venceu seis prêmios Oscar em 2003, incluindo o de melhor filme do ano. Foi o primeiro musical a receber este prêmio desde Oliver! de 1968.
SINOPSE: Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones) é uma famosa dançarina e também principal atração da boate onde trabalha. Após matar seu marido, Velma entra em uma seleta lista de assassinas de Chicago, a qual é controlada por Billy Flynn (Richard Gere), um advogado que busca sempre se aproveitar ao máximo da situação. Ao contrário do se esperava, o assassinato faz com que a fama de Velma cresça ainda mais, tornando-a uma verdadeira celebridade do showbizz. Enquanto isso a aspirante a cantora Roxie Hart (Renée Zellweger) sonha com um mundo de glamour e fama, até que mata seu namorado após uma briga. Billy fica sabendo do crime e decide adiar ao máximo o julgamento de Velma, de forma a poder explorar os dois assassinatos ao máximo nos jornais. Assim como ocorreu com Velma, Roxie também se torna uma estrela por causa de seu crime cometido, iniciando uma disputa entre as duas pelo posto de maior celebridade do meio artístico.
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