é muito agradável quando visto no contexto
da totalidade."
Santo Agostinho
O padrão de beleza é um conceito que atravessa os tempos se modificando sempre. O que era belo e sublime no passado pode parecer muito estranho nos dias de hoje. Se observarmos as deusas das esculturas gregas, os quadros de Da Vinci e não muito longe, nos idos dos anos 50 e 60, vemos figuras totalmente contrárias às das páginas atuais da playboy.
Neste mundo globalizado e capitalista em que vivemos o padrão de beleza é determinado pela mídia e pelas exigências do mercado, onde encontramos como exemplo modelos e artistas famosas, cujo o padrão é ser magra, (chegando muitas vezes ao exagero) e corpo sarado. A busca por academias para fazer musculação, ginástica e esteira, é algo impressionante. As salas de espera dos cirurgiões plásticos ficam abarrotadas, lipoaspiração, silicone nos seios, plásticas para amenizar as rugas, botóx, etc., fazem parte do cotidiano de clientes aflitas por uma juventude eterna.
Por outro lado, estabelece-se um paradoxo, pois nunca se presenciou salas de psicanalistas com tantos pacientes apresentando sintomas de baixa auto-estima, levando a quadros depressivos e “doenças” como anorexia e bulimia. Os “fora” deste padrão estabelecido como ideal de beleza, transformam muitas vezes a “busca frenética” pelo efêmero, na razão de sua existência. No entanto, a HARMONIA é um detalhe imprescindível para se estabelecer a beleza ou o belo e ela não começa de fora para dentro, mas sim do interior para o exterior, portanto não é só a beleza física que atrai, encanta e surpreende, mas a beleza interior muito mais.
A beleza interior é onde encontramos o equilíbrio de pensamentos, sentimentos, ações e a paz conquistada. A beleza exterior alegra os olhos, apesar de efêmera, porém a beleza interior, faz com que o “coração” bata mais forte, que você valorize mais o sentimento e não somente a estética. Se nos preocuparmos em estarmos dando valor apenas e tão somente ao exterior de nosso corpo, com o passar dos anos, com a ação implacável do tempo, nos vêem o questionamento: - o que irá sobrar? Vale mais “estar” belo ou “ser” belo?
Concluímos com isto que beleza interior, em oposição a exterior, é uma moda que não passa, que não está sujeita ao tempo, desta forma, antes de fazermos uma cirurgia plástica renovando a estética, o ideal é pensarmos em uma plástica definitiva para beleza interior, tornando-nos um ser humano melhor, uma pessoa natural, sociável e cativante
Explicações e conclusões à parte, o importante é aceitar as diferenças e viver a diversidade da beleza, procurarmos buscar a harmonia do exterior e interior, nos aceitarmos da maneira que somos e como somos, e ai sim vamos ter a exata noção do que é importante para que cada um possa viver bem consigo mesmo, porque afinal de contas, falar sobre o assunto é complexo e polêmico e a discussão vai longe.... Mas.... e você, amanheceu bem e e em paz com seu espelho hoje ?
TÍTULO: HISTÓRIA DA BELEZA
AUTOR: Umberto Eco
SINÓPSE:
Apesar de ilustrada por imagens de centenas de obras-primas de todos os tempos, esta não é como uma vasta antologia de textos desde Pitágoras até os nossos dias, que servem para reconstruir as múltiplas idéias de Beleza expressadas e discutidas desde a Grécia antiga até hoje. Este livro apresenta as diversas concepções de Beleza da natureza, das flores, dos animais, dos corpos humanos, dos astros, das relações matemáticas, da luz, das pedras preciosas, das roupas, de Deus e do Diabo. Embora apenas os textos dos filósofos, dos escritores, dos cineastas, dos místicos, dos teólogos e testemunhos dos artistas tenham chegado até nós, por meio desses documentos é possível reconstruir também a maneira como os humildes, os excluídos e os homens comuns de todos os tempos relacionam-se com a Beleza. Assim podemos sentir como, não somente em época diferentes, mas por vezes até dentro de uma mesma cultura, diversos conceitos de Beleza entraram em conflito.
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